terça-feira, 24 de maio de 2011

A Miragem

A Miragem

Marcus Viana

Ah! Se pudéssemos contar
As voltas que a vida dá
Prá que a gente possa
Encontrar um grande amor...
É como se pudéssemos contar
Todas estrelas do céu
Os grãos de areia desse mar
Ainda assim...
Pobre coração
O dos apaixonados
Que cruzam o deserto
Em busca de um oásis em flor
Arriscando
tudo por
Uma miragem
Pois sabem que há uma fonte
Oculta nas areias...
Bem aventurados
Os que dela bebem
Porque para sempre
Serão consolados...
Somente por amor
A gente põe a mão
No fogo da paixão
E deixa se queimar
Somente por amor...
Movemos terra e céus
Rasgando sete véus
Saltamos do abismo
Sem olhar prá trás
Somente por amor
E a vida se refaz...
Somente por amor
A gente põe a mão
No fogo da paixão
E deixa se queimar
Somente por amor...
Movemos terra e céus
Rasgando sete véus
Saltamos do abismo
Sem olhar prá trás
Somente por amor
A vida se refaz
E a morte não é mais 
Prá nós!...

Eu não sei por que você partiu 
Assim da minha vida... 
Uma saudade imensa ficou 
Deixando no peito uma ferida... 

Ainda não consegui amar alguém 
E toda vez que tento me apaixonar 
São as tuas lembranças que vem 
A imagem do outro ofuscar. 

O que faço com essa ferida 
Que não me deixa viver? 
Como resgatar a minha vida 
Sem que nela esteja você? 

Não te peço nada mais além 
Do que o direito de sonhar 
Que poderei dar a alguém 
O que você não soube aproveitar 

SE AS ROSAS PUDESSEM FALAR


Se as rosas pudessem falar 
Elas diriam com certeza 
Que beleza maior não há 
Do que tua infinita beleza. 

Se as rosas pudessem sentir 
Os aromas que há no mundo 
Elas certamente iam concluir: 
Teu perfume é o melhor contudo 

Só que as rosas não falam 
E não sentem o aroma das flores 
Mas os meus lábios não se calam 
Ao enaltecer as tuas cores... 

EU NÃO POSSO SONHAR

Sonhos que gostaria de ter 
Mas não conseguiria sem você 
Eu não posso sonhar 
Se tu deixastes de me amar 

Imploro a lua dos amantes 
Que me ilumine nesse instante 
Quando a vida me parece ingrata 
Quando a dor no peito é farta 

Então me diz o que fazer 
Para trazer de volta você? 
Pois não dá mais para esperar 
Quando a morte está a me olhar 

Definho a cada instante 
Num estado agonizante 
Dei-me uma esperança, mesmo vaga, 
Antes que a morte me seja a paga. 

CARTA DE UMA ALMA EM PRANTOS

Estas palavras eu pinto ao som das ondas do mar. Embora a noite se faça presente já há algum tempo, a luz da lua e de um refletor mantém este canto de enseada iluminado, onde estou a te abrir meu coração. Ouço o arrebentar das ondas nas pedras. E o quebrar delas é como um quebrar de saudade no meu peito. A cada momento que os meus pensamentos vão de encontro a tua lembrança é como apunhalar na alma, é uma dor intensa, quase mortal. 
Uma lágrima escapa-me pelos olhos na mesma velocidade com que as ondas se formam e vêem morrer na areia. No entanto, minhas lágrimas percorrem uma distância maior antes do fim. Às vezes eu as impeço de morrer nos meus lábios ou de caírem no abismo após atingirem o queixo. Faço isso para não manchar essas linhas que tanto me custam escrevê-las. Mas nem sempre isso é possível; pois de quando em quando me perco em devaneios, imaginando o quanto seria maravilhoso se você pudesse estar aqui comigo, nesse exato instante, nesse exato lugar, ouvindo o som das ondas. E na minha absorção, vejo a gente abraçada, olhando para a imensidão do mar enquanto trocamos juras de amor, entre um beijo e outro. 
Mas tudo isso não passa de sonhos, de devaneios de um rapaz bobo, de um romântico incorrigível. Você, que me encantou desde o instante em que nossos olhos se cruzaram, que me fez juras de amor dias depois, não mediu as conseqüências de suas palavras e de seus atos; talvez porque você não saiba o quanto devemos ser responsáveis ao dizer certas coisas impensadamente; talvez você não saiba que uma palavra despretensiosa, dita ao acaso, pode ferir profundamente um coração sensível. 
Ah! Por que você brincou com meus sentimentos? Por que você fez pouco caso das minhas palavras? Ou você pensou que estas eram vazias -- feito o seu coração --, apenas frases feitas para te impressionar? Não, não eram. Isso eu posso te afirmar com uma certeza inabalável. Eu não trato as palavras como objetos; para mim elas são muito mais do que simples palavras; elas carregam significados. E o significado de uma palavra me é muito mais importante do que a própria palavra. 
Mas não fique chateada. Eu não guardo raiva de você. Meu coração, embora solte um grito de dor toda vez que penso em você, ainda sim daria tudo para ter você aqui, ouvindo o arrebentar dessas ondas. E fique certa de que esteja você onde estiver, eu estarei aqui desejando do fundo do coração para você ser muito feliz, já que essa felicidade jamais poderei alcançar. 
Adeus, 

POR FAVOR... VOLTE, MEU AMOR!

Minha alma vaga triste como numa tarde fria e chuvosa. E eu me sinto perdido, como se uma densa neblina envolvesse-me. Grito o teu nome, mas o som dolorido da minha voz se perde na imensidão do horizonte; pois não encontra o eco dos teus lábios. É como um grito silencioso, como um clamor em vão. 
Ando de um lado para o outro, como se meu lar fosse uma densa selva e eu estivesse completamente perdido, sem saber para onde ir. Aliás, minhas pernas parecem me faltar, como se eu estivesse caminhado até a exaustão. É como estar preso numa ilha, num minúscula ilha na imensidão do mar. 
Procuro relembrar todos os momentos que passei ao teu lado, todas as carícias, todos os beijos e todas as juras de amor. E É como se eu quisesse me prender ao último fio que me prende a você: a lembrança de nossos melhores momentos. E eu não consigo compreender o que deu errado; não consigo ver a tempestade que te arrastou para longe de mim. É como se estar cego, como se de um momento para outro eu me transformara num idiota, em alguém que se desprendeu do mundo, que sofresse de um aparente retardamento mental. 
Como posso viver assim? Como posso cair eternamente nesse abismo que se transformou o meu futuro sem você? Pois eu me sinto despencando num abismo desde que você partiu. 
Não, não faça isso comigo! Não me roube a existência, pois não existo sem você. Seja lá o que eu tenha feito, por maior que tenha sido o meu erro, estou disposto inclusive a sacrificar a minha vida para repará-lo e assim te ter de volta. Por favor, volte! Me dê uma chace... 

Saudade

Saudade é solidão acompanhada, 
é quando o amor ainda não foi embora, 
mas o amado já... 


Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos machuca, 
é não ver o futuro que nos convida...



Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 



Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 



Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou. 



E esse é o maior dos sofrimentos: 
não ter por quem sentir saudades, 
passar pela vida e não viver. 



O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda

Crônica do Amor


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.


O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.



Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.



Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.



Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.



Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.



Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?



Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.



Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.



Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?



Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.



É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.



Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?



Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.



Não funciona assim. 



Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.



Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!



Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.


Os Três Mal-Amados

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.


O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.



O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.



O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.



Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.



O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.



O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.


O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.


O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.



O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.



O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

João Cabral de Melo Neto

Amor é


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Luís de Camões

TER OU NÃO TER NAMORADO p

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. 
Namorado é a mais difícil das conquistas. 
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. 
Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. 
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. 
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. 
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. 
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar. 
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário. 
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. 
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. 
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro. 
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. 
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. 
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. 
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. 
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. 
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. 
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. 
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.

PRECISO TE ESQUECER


Vivo assim...
Olhar fixo nessa porta que se fecha
Todas as vezes que vais embora...
Simbolizando silêncio e espera
Fico assim sem prumo, sem rumo
Agarrada a essa esperança
Tresloucada
Incabível!

Vivo assim nessa falta tua
De todos os dias
Nesse apelo ao tempo
Sem tempo...
À busca do impossível

Vivo assim, incerta
Esperando a porta se abrir,
Tristemente a sorrir
Para me enganar
e me fazer entender
Que preciso parar de te esperar!
Que preciso te esquecer...

Dor


Dói-me a alma
Com tanta hipocrisia
De um amor
Hipócrita

Dói-me o peito
Sangrando
Amando
Sem jeito

Dói-me o coração
Por causa de um amor
Que não tem jeito

Dói
O meu ser
Por não ser
Teu.

"Sonho"

"Sonho"

"Amores vãos"

"Amores vãos"

" Te espero"

" Te espero"

Um momento e... etername


Para sempre será
Para sempre viveremos esse amor
É real
É único
Mesmo que não tenha explicação
É meu único e verdadeiro amor
Tem sofrimento no silêncio
Tem a certeza nas palavras
Tem luz na alma
Tem suavidade que acalma.
Tem lua pintada no arco - íris
Tem estrelas no invisível
Tem alegria nas palavras contidas.
Quando silenciar, terás o meu silencio
Quando falarás. terás a minha voz
Assim também
Serás o meu silencio e a minha voz.

Non, Je Ne Regrette Rien (tradução)


Não, Eu Não Me Arrependo de Nada

Não! Nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal - isso tudo tanto faz! 

Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado!

Com minhas lembranças
Acendi o fogo 
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!

Varridos os amores
E todos os seus temores
Varridos para sempre
Recomeço do zero.

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo tanto faz! 

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você!

Hino ao amor (tradução)

Hino ao amor

Edith Piaf

Composição : Edith Piaf
O céu azul sobre nós pode desabar
E a terra bem pode desmoronar
Pouco me importa, se tu me amas
Pouco se me dá o mundo inteiro
Desde que o amor inunde minhas manhãs
Desde que meu corpo esteja fremindo sob tuas mãos
Pouco me importam os problemas
Meu amor, já que tu me amas.
Eu irei até o fim do mundo
Mandarei pintar meu cabelo de louro
(ou: Me transformarei em loura)
Se tu me pedires
Irei despendurar a lua
Irei roubar a fortuna
Se tu me pedires
Eu renegarei minha pátria
Renegarei meus amigos
Se tu me pedires
Bem podem rir de mim
Farei o que quer que seja
Se tu me pedires
Se um dia a vida te arrancar de mim
Se tu morreres, se estiveres longe de mim
Pouco me importa, se tu me amas,
Porque eu morrerei também
Teremos para nós a eternidade,
No azul de toda a imensidão
No céu não haverá mais problemas
Meu amor, acredite que nos amamos.
Deus reúne os que se amam.