segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ninguém Me Ama Nora Ney



Ninguém me ama, ninguém me quer
Ninguém me chama de meu amor
A vida passa, e eu sem ninguém
E quem me abraça não me quer bem

Vim pela noite tão longa de fracasso em fracasso
E hoje descrente de tudo me resta o cansaço
Cansaço da vida, cansaço de mim
Velhice chegando e eu chegando ao fim

É TEMPO...


De não mais me enganar...
Arranco agora suas máscaras e percebo que por
detrás delas não existia nada...
Seres sem alma que se diziam amigos...
Mas que na verdade me faziam de fantoches...
Sugaram o máximo que puderam...
E fui jogado fora como um bagaço de fruta...
Mas nestes bagaços existiam sementes e eu estou brotando...
Mais forte, mais consciente, mais atento ao que vier...
Estou me regando cada vez mais de amor...
Quero e vou ter galhos fortes como braços para
abraçar de verdade quem precisar... Como sempre fiz
Quero voltar a ser árvore frondosa para te abrigar do que for...
E quando florescer vou perfumar os campos e atrair
abelhas que precisam do meu doce mel...
Por isso não posso ser amargo...
Vou atrair beija flores se alimentando de mim...
Junto com as borboletas vou ser cores lindas e suaves para
enfeitar a natureza tanto sofrida pela mãos dos homens...
No tempo certo la vem meus adocicados frutos...
Onde vou alimentar muitos que realmente precisam de mim...
Como fruta doce que sou...
Chorei um pouquinho pela entrega total neste momento...
Ao mesmo tempo digo que não guardo mágoas e nem
ressentimentos, pois se guardasse isso
atrapalharia o meu desenvolver...
Não quero ser nunca um mascarado e muito menos oco como muitos...
Eu sei também que não finda aqui os açoites...
Ainda terei que enfrentar muitas
tempestades, pois estou no tempo e exposto...
Mas estou muito mais forte com este
regar de amor...
É isso e a vida segue...
Desculpe-me por alguma coisa...
Desculpe-me por alguma coisa...